Caso Maddie
A Scotland Yard pede a todos os turistas que tenham estado na Praia da Luz até duas semanas antes do sequestro que enviem qualquer foto com pessoas desconhecidas em segundo plano.
Os rostos que surgirem serão comparados com as imagens de pederastas e outros delinquentes disponíveis na base de dados da polícia britânica.
Os detectives envolvidos no caso reconhecem que as suas pesquisas não estão a conduzir a lado algum. O pai da pequena, Gerry McCann, regressou pela primeira vez a Inglaterra desde o sequestro da pequena, onde criou um fundo de ajuda para encontrar a sua filha.
Os pais de Madeleine vão deixar o Algarve amanhã para visitar Fátima, de onde seguirão para uma viagem por toda a Europa.
SOL com agências
A primeira conferência do ciclo Falar Global, dedicada ao tema 'O Poder da Televisão na Comunicação do Futuro', foi esta terça-feira pretexto para um debate entre Ricardo Costa, José Alberto Carvalho e a plateia sobre o papel dos jornalistas no acompanhamento do caso do desaparecimento de Madeleine McCann.
No final do encontro, no período dedicado às perguntas e respostas, José Alberto Carvalho frisou a habilidade com que o casal McCann tem utilizado e monopolizado a atenção dos jornalistas, para garantir a visibilidade do caso.
O sub-director de programas da RTP1 deu como exemplo as constantes conferências de imprensa e declarações proferidas pelos pais da menina desaparecida, nomeadamente quando estes anunciaram ficar em Portugal até à resolução do caso.
Como novidade trazida pela saga mediática que tem apaixonado Portugal e o mundo anglófono, José Alberto Carvalho salienta a progressiva mudança de atitude na relação entre a Polícia Judiciária e a comunicação social.
Nos dias seguintes ao desaparecimento na Praia da Luz da menina inglesa de 4 anos, eram muitas as críticas dirigidas pelos media britânicos ao aparente secretismo das autoridades portuguesas, que depois passaram a realizar inúmeras conferências de imprensa.
No entanto, José Alberto Carvalho duvida que futuros casos de desaparecimento de crianças em Portugal tenham a mesma cobertura ou acompanhamento.
Por seu turno, Ricardo Costa salientou o carácter global que o caso adquiriu, ao recordar os directos feitos pelas agências e televisões internacionais durante as conferências de imprensa da Polícia Judiciária, mesmo quando estas eram conduzidas em língua portuguesa.
O Director da SIC Notícias atribui o interesse generalizado pelo caso a uma série de factores, como a nacionalidade da criança desaparecida, o modo como os pais utilizaram a comunicação social e a existência de uma numerosa comunidade britânica do Algarve.
Apesar da gravidade do caso, Ricardo Costa aponta aspectos positivos ao acompanhamento da situação, como o retomar dos temas da pedofilia, a recuperação de outros casos de desaparecimento ainda por resolver e a renovada relação entre a Polícia Judiciária e os jornalistas.
No entanto, o director do canal de notícias de Carnaxide não esqueceu alguns erros cometidos durante a cobertura do caso, como a divulgação do nome de Robert Murat enquanto suspeito de rapto, numa altura em que o cidadão britânico ainda não tinha sido constituido arguido.
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